terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

O Chapeu do Chef de Cozinha

Que charme é o chapéu do chefe de cozinha, a Toque Blanche, em francês.
Ele é
 branco e comprido, e acredita-se que surgiu no século 16, na Europa Oriental, numa dessas situações inusitadas que a vida nos entrega.


Além da questão da higiene, pois esconde a maior parte dos cabelos, também é usado por uma questão de hierarquia. O superior na cozinha destaca-se dos seus ajudantes através do seu chapeu mais alto e imponente, postura adotada pioneiramente pelo "chef" francês Marie-Antoine Carême (1784-1833) que redesenhou os uniformes dos chefes de cozinha e adotou também a cor branca, diferente dos chapeus dos Monges, que entram nessa história bem antes dos Chefes.


A "toque blanche" (touca branca, em francês) não surgiu como moda, nem para designar hierarquia e nem com a preocupação de higiene na cozinha. Surgiu do medo, da perseguição e da necessidade de sobrevivência.
Barbaridade? Veja só.


Acredita-se que, durante o Império Bizantino, na Grécia, muitas pessoas se refugiavam em monastérios ortodoxos para fugir de invasões bárbaras e, para não serem reconhecidos, se vestiam como os monges, com longos chapéus pretos.  Muitos eram cozinheiros, aí já viu o que aconteceu, certo?
De cozinheiro a monge para salvar a própria pele e não virar "comida" de estrangeiro.


Hoje, além da tradição, usa-se a "toque blanche" também pela questão da higiene, todos, chefs e ajudantes.
Quem vê também admira, acha bonito e elegante.
E o Toque segue, entra século e sai século, com toda sua beleza e imponência.




Chef Carlos Soares, referência em Cozinha Brasileira no Exterior,

e admirador da carne-seca Paineira.








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